Ecologias de Várzea: Métodos Multiespécies para a Saúde Urbana

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Fraya Frehse
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Descrição

O que as ecologias vigentes em várzeas de rios do centro de São Paulo nos evidenciam sobre saúde urbana, para fins do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, em prol de cidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis? Sob a coordenação das professoras Fraya Frehse e Laura Kemmer, este encontro visa debater uma caixa métodos de pesquisa e de extensão universitária para investigar e desenvolver políticas públicas acerca dessa questão, que diz respeito às relações afetivas, socioculturais e históricas que seres humanos nutrem com as ecologias das várzeas de rios, constituídas por PANCs (plantas comestíveis não convencionais), plantas medicinais e animais, em meio a conhecimentos tradicionais sobre tais temas no centro de São Paulo na atualidade. A referência basal para a discussão é a resposta específica à questão desenvolvida no âmbito do projeto de implementação prática de métodos espaciais (PEIP) intitulado “Ecologias Evidenciadoras Urbanas: Métodos Multiespécies para a Saúde Urbana”, sob os auspícios do Centro Global de Métodos Espaciais para Sustentabilidade Urbana (GCSMUS) entre março e setembro de 2024.

O objetivo central do projeto “Ecologías Evidenciadoras” é simultaneamente desenvolver e difundir uma caixa de ferramentas de métodos e "dispositivos" espaciais de natureza simultaneamente etnográfica e ecológica em colaboração com estudantes de (pós-)graduação em Ciências Sociais, Humanidades e Ciências Naturais, além de profissionais de saúde pública, ativistas de hortas urbanas e de iniciativas ecológicas interessadas/os em adquirir e aplicar, em suas rotinas de trabalho, conhecimentos metodologicamente fundamentados que "evidenciam" as contribuições das ecologias de várzea para a saúde urbana.

Organizado em duas sessões, o seminário dá sequência a dois seminários anteriores co-organizados pelo GCSMUS em conjunto com o Centro de Síntese Cidades Globais respectivamente em 2020 e 2022, cujo tema também fora metodológico por referência ao ODS 11, só que em torno do cotidiano do morar nas ruas de São Paulo durante a pandemia de Covid-19 (http://www.iea.usp.br/eventos/morar-r... ). A sessão “Diálogos” apresentará e debaterá criticamente a caixa de ferramentas multiespécies desenvolvida no âmbito do projeto “Ecologias Evidenciadoras” e seu impacto nas perspectivas tanto das/os participantes acadêmicas/os quanto das/os profissionais envolvidos nos temas da saúde humana e ambiental em São Paulo. Já a sessão “Desafios” discutirá até que ponto tais impactos podem informar práticas profissionais e de planejamento urbano em relação tanto a paisagens de várzea em particular quanto a áreas centrais das cidades em geral, ainda mais quando, como no caso do Brasil contemporâneo, se trata de urbes adensadas, verticalizadas, com solos impermeabilizados e confrontadas com fenômenos socioespaciais associados a mudanças climáticas tais como inundações e secas.

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