I Seminário Internacional e XIII Seminário Nacional do Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária e Literatura Comparada

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E-mail
seminarioppgtllc@gmail.com
Docente responsável pelo evento
Cláudia Maria de Vasconcellos
Local do evento
Edifício Prof. Antonio Candido (Letras) - Av. Prof. Luciano Gualberto, 403 - Cidade Universitária - São Paulo-SP
Auditório / Sala / Outro local
Em breve
O evento será gratuito ou pago?
Evento gratuito
É necessário fazer inscrição?
Sem inscrição prévia
Haverá emissão de certificado?
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Haverá participação de docente(s) estrangeiro(s)?
Sim
Descrição

A comissão organizadora do "I Seminário Internacional e XIII Seminário Nacional do Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária e Literatura Comparada" reforça o convite a todos os discentes e egressos do Programa para apresentarem seus trabalhos e se valerem do diálogo diante de um público mais amplo. Tendo em vista a heterogeneidade em distintos aspectos, o seminário deste ano propõe como tema plural "Modernismos: trânsitos e contextos", buscando compreender as complexidades e contradições inerentes à construção do movimento no campo literário.

* As inscrições para as comunicações foram prorrogadas até o dia 16 de setembro. Inscreva-se aqui: https://forms.gle/vmAXbdZosnLGvwT18

* As comunicações são de tema livre. A proposta temática da Comissão Organizadora relaciona-se com a programação das conferências do Seminário.

Apresentação do homenageado:

Neste ano, o evento homenageará o professor e crítico literário Davi Arrigucci Júnior, cujo papel para a literatura brasileira é inestimável, tanto no que diz respeito à sua obra quanto ao processo de formação de outros docentes e críticos literários.
A forma de pensar e articular de Davi Arrigucci Júnior remete ao exercício realizado por grandes críticos e estudiosos ao redor do mundo quando colocados diante de textos literários. Segundo ele, “(...) o simples ato de ler tem o dom de nos carregar, de imediato, para dentro dos segredos da literatura”.
Nesses termos, a crítica sutil e apurada de Davi Arrigucci Júnior nos auxilia a captar os sinais dados pelas formas modernistas daquilo que pode ser desentranhado dos textos e posto em relação com a materialidade do seu contexto.

Apresentação do tema das conferências:

A edição do Correio da Manhã da terça-feira, 18 de março de 1924, trazia a seus leitores um manifesto poético assinado por um colaborador frequente do jornal. No texto, escrito de modo direto e com períodos curtos, o autor propunha um novo modo de fazer poesia: com “[a] língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. […] Como falamos. Como somos” (Andrade, 1924). No entanto, por mais que o Manifesto da Poesia Pau-Brasil de Oswald de Andrade fosse inovador, suas ideias não eram totalmente estranhas à cena literária da época. A ruptura com o passado e a busca por uma maior liberdade formal consistiam numa espécie de palavras de ordem no campo cultural.
Sob o rótulo de “modernismo”, foram interligadas diferentes criações literárias e artísticas que estivessem à altura das distintas modificações tecnológicas e sociais da modernidade. Ainda assim, por ser um termo que abrange uma constelação de obras e autores de origens e formas diversas e, algumas vezes, díspares, o modernismo, assim como a modernidade, é um conceito cujo conteúdo parece escorregar a cada nova tentativa de definição.
Passado um século, cabe à teoria literária atual perguntar-se pela atualidade e continuidade da ruptura modernista. O deslocamento do modernismo para o centro do debate literário do último século deu margem à criação de classificações derivadas como “pré-modernismo”, “pós-modernismo”, “neomodernismo”, “modernismo tardio”, entre outras. Ainda férteis, essas discussões levaram a crítica a reformular seus próprios procedimentos, constituindo novas formas de pensar a literatura.

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