"DUENDE EM BUSCA DE IMAGEM: O SACI, MONTEIRO LOBATO E RODOLFO NANNI"
Filipe Chamy
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Filipe (Augusto) Chamy (Amorim Ferreira) (filipechamy@yahoo.com.br) é escritor e servidor público. Formado em Direito pelo Mackenzie, em Letras (Português-Linguística) pela USP, é mestre em Filosofia pelo IEB (USP) e doutorando em Literatura Brasileira pela FFLCH (USP). Estuda e pesquisa a obra e a vida de Monteiro Lobato e faz parte do grupo de estudos Observatório Lobato. Nasceu e vive em São Paulo há trinta e oito anos. É autor de quatro romances, dois livros de contos, três livros infantis, diversos contos e crônicas, além de ensaios acadêmicos, estudos literários, críticas cinematográficas e poemas.
Neste Encontro com Lobato, Filipe Chamy comentará como a obra de Lobato e de Nanni solidificaram de alguma forma a ideia de saci que temos ainda hoje.
O saci e Monteiro Lobato são bastante associados no imaginário coletivo brasileiro. A carreira do escritor começou sob o signo do saci, ainda nos anos 1910, e suas pesquisas e personagens foram diversas vezes ao encontro do "duende brasileiro".
Rodolfo Nanni, cineasta recém-falecido após seu centenário em 2024, filmou o primeiro saci do cinema brasileiro, pouco após a morte de Lobato.
Ambos os criadores se inscrevem assim numa tradição iniciada por pesquisas folclóricas e confirmada pelas produções culturais do povo brasileiro: a questão é estabelecer como era o saci, com suas características físicas e seus procederes.
Equipe responsável pelos Encontros com Lobato:
Prof. Dr. John Milton
Profa. Dra. Vanete Santana-Dezmann
Taís Diniz Martins
Profa. Dra. Denise Bertolucci
Me. Ana Paula Negrão Ferreira
Dr. André Ming
O Observatório Lobato é composto por um grupo de pesquisadores e demais pessoas interessadas por Monteiro Lobato e sua obra que têm como traço distintivo o fato de não guardarem qualquer tipo de preconceito contra o autor e sua obra. Sendo assim, não partem do pressuposto de que o autor e o que ele produziu manifestem preconceito contra determinada etnia ou classe. Analisa antes para que, posteriormente, com base em dados e fatos, as conclusões sejam apresentadas.
Até o momento, não encontramos traços de preconceito na obra do autor – o preconceito que nela aparece representa a mentalidade de parte da população representada por meio de algumas personagens. Encontramos, porém, comprovações – na biografia de Lobato e em sua obra – de que muito fez para minimizar os preconceitos de sua época. Nossas análises que resultam em tais comprovações se encontram publicadas em livros e artigos disponíveis em nosso site. Aproveitamos para esclarecer que apontar na obra de Lobato seu esforço para denunciar as injustiças que foram e continuariam sendo praticadas contra as pessoas da etnia negra no Brasil e nos Estados Unidos não significa negar o racismo e o mal por ele causado, muito pelo contrário.
Que a luz da razão ilumine nossas mentes e dissipe as trevas em que conceitos que precedem a análise insistem em se esgueirar.
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