Evento discute o significado do assassinato do líder metalúrgico Santo Dias da Silva durante a ditadura, seu legado e a importância das lutas pela memória nos dias atuais.
No dia 30 de outubro de 1979, o operário Santo Dias da Silva foi assassinado pela polícia militar durante a greve dos metalúrgicos de São Paulo. Esse crime provocou uma grande revolta popular que, em plena ditadura civil-militar, levou milhares de pessoas às ruas do centro de São Paulo para protestar contra a morte do operário, cuja história se entrelaça com a de muitos/as trabalhadores/as que sofreram com as péssimas condições de trabalho, arrocho salarial e a perda de direitos civis durante a ditadura.
Por mais que tenham tentado silenciar as suas lutas, elas continuam sendo importantes referências para diferentes movimentos sociais e sua memória persiste por meio de ações do Comitê que leva seu nome.
No aniversário de 40 anos do assassinato de Santo Dias, o evento discutirá o significado do assassinato do líder metalúrgico durante a ditadura, seu legado e a importância das lutas pela memória nos dias atuais.
PROGRAMAÇÃO
Terça-feira, 22 de outubro de 2019, das 18h às 21h.
18h00 – Exibição do curta-metragem “Santo e Jesus, metalúrgicos” (1983), dirigido por Claudio Kahns e Antônio Ferraz.
18h30 - 19h30 – Falas dos palestrantes.
19h30 - 20h – Debate com o público.
20h - 21h – Lançamento da nova edição do livro “Santo Dias: Quando o passado se transforma em história”, de Luciana Dias, Jô Azevedo e Nair Benedicto, pela Editora Expressão Popular, com apoio da Fundação Perseu Abramo.
LOCAL
Anfiteatro da Geografia (FFLCH/USP)
Av. Prof. Lineu Prestes, 338.
Cidade Universitária.
São Paulo-SP.
PALESTRANTES
- Marcos Napolitano (Prof. Dr. História/USP)
Professor Titular de História do Brasil no Departamento de História da Universidade de São Paulo, Doutor em História Social pela USP e pesquisador do CNPq. É autor dos livros: Coração Civil: a vida cultural brasileira sob o regime militar (Editora Intermeios, 2017), 1964: História do Regime Militar brasileiro (Contexto, 2014), Seguindo a canção: engajamento político e indústria cultural na MPB (1959-1969) - Annablume/FAPESP, 2001.
- Simone Scifoni (Profª. Drª. Geografia/USP)
Geógrafa, docente do Departamento de Geografia/FFLCH/USP. Vice-diretora do Centro de Preservação Cultural da USP (CPC/USP). Pesquisadora do tema lugares de memória operária na metrópole de São Paulo. Membro da Repep (Rede Paulista de Educação Patrimonial) e do Icomos-BR (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios)
- Anaclara Volpi Antonini (Mestre em Geografia/USP)
Geógrafa e mestre em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), com dissertação sobre os lugares de memória relacionados à ditadura militar em São Paulo e as homenagens a Santo Dias da Silva. É membro do Comitê Santo Dias da Silva e da Rede Paulista de Educação Patrimonial (Repep).
- Luciana Dias da Silva (Coodenadora pedagógica/PMSP, filha de Santo Dias) -
Pedagoga pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Professora de Francês formada pela Alliance Française – SP e Universidade de Nancy – FR. É Membro do Comitê Santo Dias da Silva e autora do livro junto com a jornalista Jô Azevedo e a fotógrafa Nair Benedicto, “Santo Dias: quando o passado se transforma em história”.
