Para além de todos os retrocessos que vários órgãos públicos vêm sendo submetidos desde o Golpe Parlamentar contra a Presidente Dilma Roussef em 2016, a eleição do atual mandatário acirrou ainda mais os ataques (diretos e indiretos) às autarquias, institutos e empresas públicas que fazem parte da vida nacional desde ao menos a Constituição de 1988. Estes retrocessos não têm sido menores no campo do planejamento territorial, particularmente no que diz respeito aos órgãos de produção e difusão de informações geográficas, como é o caso da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (EMPLASA), da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para além das graves restrições orçamentárias que estas instituições vêm sofrendo, também a precarização das condições de trabalho, assim como o desprestígio sistemático por parte de seus membros controladores (Governos estaduais e Presidência da República) tem dificultado ainda mais a ação abrangente e eficiente destes órgãos. A AGB/SP vem, neste sentido, propor este debate sobre o papel fundamental da EMPLASA, SEADE e IBGE para a democracia contemporânea, auxiliando na reflexão e tomada de consciência por parte de pesquisadores – e cidadãos em geral – sobre a importância do caráter público da produção de informações geográficas no Brasil.
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