Encontro fez parte de uma missão internacional da universidade da África do Sul e discutiu possibilidades de parceria com a Faculdade
A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP recebeu, no dia 2 de julho, representantes da Universidade de Stellenbosch, da África do Sul, para discutirem a possibilidade de uma nova parceria entre as duas instituições na realização de intercâmbios.
Participaram da reunião Adrián Pablo Fanjul, diretor da FFLCH; Laura Moutinho, presidente da Comissão de Cooperação Internacional (CCInt) da FFLCH, Fraya Frehse, vice-presidente da CCInt; Sarah van der Westhuizen e Kirwan Adams, respectivamente diretora e coordenador do Centro de Envolvimento Global da Universidade de Stellenbosch.
A vinda de membros da Stellenbosch para o Brasil fez parte de uma missão institucional da Universidade para participar do Anime (da sigla em inglês Rede Acadêmica sobre Inclusão, Multilinguismo e Excelência) e tentar estabelecer uma parceria de cooperação internacional com a USP.
No evento, organizado pela Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) em parceria com a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), houve troca de experiências e reflexões sobre as áreas de inclusão, multilinguismo e excelência.
Em relação à FFLCH, o acordo firmado anteriormente entre ambas as universidades, com duração de cinco anos, expirou durante a pandemia de Covid-19 e desde então ainda não foi possível renová-lo. Enquanto esteve em vigor, a FFLCH recebeu docentes da universidade sul-africana nas áreas de Antropologia e Sociologia. A intenção é que no próximo mês, em agosto, FFLCH e Stellenbosch assinem um novo acordo, também com duração de cinco anos.
O objetivo desta nova parceria é envolver professores, funcionários e estudantes. No caso de docentes, o acordo facilitaria a ida e vinda de pesquisadores das respectivas universidades. Quanto aos funcionários, possibilitaria o aperfeiçoamento profissional, como o aperfeiçoamento da língua inglesa, e o compartilhamento de práticas profissionais, permitindo que o quadro funcional da FFLCH e Stellenbosch aprendam um com o outro.
“E a terceira questão, super importante, é que se a Stellenbosch abrir vagas para estudantes de graduação, nós podemos enviar os nossos por meio dos editais da Aucani”, explica Laura Moutinho. A docente também destaca que isso facilitaria, futuramente, o intercâmbio para alunos de pós-graduação.
O esforço da FFLCH para ampliar o número de convênios com instituições africanas faz parte do plano de gestão da atual presidência em consonância com o processo de internacionalização que está em curso na USP (por meio da AUCANI), reforçado pela existência do BRICS, grupo formado por países emergentes em busca de cooperação social e econômica, dos quais Brasil e África do Sul fazem parte, e que procura estreitar a relação Sul-Sul.
Durante a reunião, a FFLCH foi convidada a participar do evento de internacionalização que acontecerá em março do ano que vem, na Universidade de Stellenbosch, para que um público mais amplo a conheça.
Após a reunião e com o objetivo de apresentar a Universidade de Stellenbosch à comunidade da FFLCH, também foi realizada a palestra Introducing Stellenbosch University (South Africa) and it's approach to comprehensive internationalization, no prédio de Ciências Sociais e Filosofia. O evento foi ministrado em inglês e teve a colaboração de estudantes da FFLCH para a tradução simultânea.
No evento, Sarah abordou a infraestrutura, possibilidades de intercâmbio e o projeto de internacionalização inclusiva da Stellenbosch, que analisa formas de diminuir a barreira linguística entre intercambistas, como seus três centros de línguas. Cada um deles é focado em um dos três idiomas correntes na universidade: o inglês, afrikaans e IsiXhosa - que auxiliam estudantes que não têm alguns destes idiomas como língua materna em seus trabalhos finais de curso, por exemplo.
Com informações da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento