O evento visa discutir a produção ensaística dos exilados espanhóis de 1939 como uma contracrítica ao cânone literários espanhol, para tanto, se propõe as seguintes discussões:
O peso do/no tempo: as cartas de Rosa Chacel/Ana María Moix: análise das cartas entre as duas escritoras de distintas gerações como parte do vasto disperso e heterogêneo arquivo da intimidade do exílio americano dos escritores e como o diálogo entre o exílio interior e exterior (Profª. Drª. Silvia Cárcamo- UFRJ).
Um ensaio no exílio ou ao abrigo da "intenção tateante": leitura do texto “El cantar del Mío Cid: poema de la honra” (1945) em que o poeta Pedro Salinas se vale do ensaio, e de sua característica rebeldia e assumida incompletude, como forma eticamente coerente para situar-se frente ao cânone literário e à história oficial (Profª. Drª. Mayra Moreyra Carvalho – UFJF).
Max Aub: Ensaio e ficção apócrifa: análise do texto El teatro español sacado a luz de las tinieblas de nuestro tempo, discurso de posse na Academia de la lengua española, de Max Aub, cuja circunstância de escritura elimina a catástrofe da Guerra Civil Espanhola. A leitura busca interpretar os deslocamentos realizados pelo uso do apócrifo nesse momento e sua relação com outras obras do autor (Profª. Drª. Valeria De Marco- USP).
O inferno interrogado: leitura do ensaio dedicado a Cervantes na obra Fronteras infernales de la poesía, de José Bergamín, a partir da ideia do aforismo como recurso sintético para assimilar um conjunto de discursos, e a figura do labirinto para tratar da representação da tradição literária ocidental (Prof. Dr. Ivan Martucci Fornerón- Pós-doutorando USP).
Coordenação da mesa: Profª. Drª. Margareth dos Santos (USP)
![Ensaios do exílio espanhol de 1939: contracrítica ao cânone literário espanhol](/sites/fflch.usp.br/files/2019-11/Proposta%20cartaz%20evento%20ex%C3%ADlio_0.jpg)