“Os cristais do tempo”: impermanência, imperfeição, inacabamento (Lições de ontologia pirahã)
A partir de duas viagens recentes (2016, 2017) à terra dos Pirahã após 23 anos de minha última viagem, encontrei configurações e arranjos que permitiram propor uma formulação de um modo expressivo, fundado em sua ontologia, de construir relações espaciais e temporais com os chamados awe (brancos). Partindo de percepções filosóficas próprias do universo Pirahã como as de impermanência, imperfeição e inacabamento modulamos o que se descreve como “imagem tempo”, engendrada por múltiplas conexões, que ao sitiar espaços naturalizados, dessubstancializa conceitos como os de localidade, identidade, memória, finitude, história.
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