Saiba mais sobre Guerra Fria e Brasil: para a agenda de integração do negro na sociedade de classes e as revistas acadêmicas: Criação & Crítica, Cadernos de Campo e Caracol
Em junho, os destaques das publicações de membros da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP são livro de história e revistas acadêmicas envolvendo a área de literatura, de línguas e de antropologia.
No livro Guerra Fria e Brasil: para a agenda de integração do negro na sociedade de classes, Editora Alameda – com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), – são analisadas as principais orientações políticas e acadêmicas antirracistas para os esforços de “inserção do negro na sociedade de classes” durante o período denominado no título do livro, que convencionalmente costuma-se delimitar entre a Doutrina Truman de 1947 até a dissolução da União Soviética em 1991.
Na obra, aborda-se como a disciplina das Ciências Sociais foi tida como capaz de identificar os pontos essenciais do problema de exclusão do negro e apontar caminhos para a promoção de mudanças sociais.
“Trata-se de uma agenda internacional, na qual a “integração do negro na sociedade de classes” constituiu-se como amarra fundamental, e que, no Brasil, contou com a relevante contribuição acadêmica de um dos mais respeitados e sérios intelectuais das Ciências Sociais: o sociólogo Florestan Fernandes”, explicam os autores do livro, que são três: Elizabeth Cancelli, Gustavo Mesquita e Wanderson Chaves, respectivamente, professora do Departamento de História da FFLCH e os dois com formação na graduação e pós-graduação da Faculdade também.
Segundo Elizabeth, este livro, apesar de ter sido escrito a seis mãos, “tem característica diferente, não é uma junção de textos, pesquisas diferentes”, pois o conteúdo é fruto de pesquisas realizadas em conjunto no Grupo de Estudos sobre a Guerra Fria da USP, do qual Mesquita e Chaves são pesquisadores e tem a coordenação de Elizabeth, com cerca de 15 pesquisadores de todo o País, muitos deles ex-alunos da FFLCH.
Em março, aconteceu um lançamento do livro no Rio de Janeiro, na Fundação Getúlio Vargas, mas com a pandemia os lançamentos presenciais foram suspensos. Ele está disponível para venda on-line através do site da Editora Alameda.
Revistas
A revista Criação & Crítica parte de uma provocação: pensar uma crítica cujo foco não seja a interpretação literária, que segundo a descrição do foco e escopo tem como “objetivo dar espaço a análises que reflitam sobre a literatura dentro do seu contexto de produção, recepção e circulação”.
A publicação trimestral é uma iniciativa do Programa de pós-graduação em Letras Estrangeiras e Tradução (LETRA), vinculado ao Departamento de Letras Modernas da Faculdade, cuja editora-chefe é a professora Claudia Consuelo Amigo Pino.
Esta nova edição conta com o dossiê chamado Estranhando a teoria empenhada de Antonio Candido (1918-2017), editado por pesquisadores da FFLCH, como o professor Marcos Natali, do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada; e de outras instituições: Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os textos apresentam respostas possíveis as perguntas: como seria (e o que significaria) um exercício de estranhar a teoria empenhada de Antonio Candido hoje? e para que serviria?, dialogando com uma chamada aberta que apostava num pensamento inacabado e impelido a estranhar a obra do professor emérito da FFLCH e seu modo de repor na cultura tanto uma tradição crítico-espiritualista da nacionalidade, com suas totalizações teleológicas, etapistas e evolucionistas, quanto uma acomodação rija da ficcionalidade, da invenção e da teoria.
O n.26 da Criação & Crítica pode ser conferido pelo link.
A Cadernos de Campo é uma revista dos discentes do Programa de pós-graduação em Antropologia Social da FFLCH. Criada em 1991, inicialmente com periodicidade anual e em 2019 passou a ser semestral, a publicação é dedicada a divulgar trabalhos que versem sobre temas, resultados de pesquisas e modelos teórico-metodológicos de interesse para o debate antropológico contemporâneo e que possam contribuir no desenvolvimento de pesquisas em nível de pós-graduação, no país e no exterior.
A atual edição conta com debates super atuais e necessários como a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), abordados na seção Artigos e Ensaios: A pandemia do coronavírus e a Amazônia Equatoriana e na seção Conjuntura: Nem no Mesmo Barco nem nos Mesmos Mares, que aborda gerontocídios, práticas necropolíticas de governo e discursos sobre velhices na pandemia da Covid-19.
Clique aqui para conferir a edição v. 29 n. 1 da Cadernos de Campo.
A revista Caracol é uma publicação semestral do Programa de pós-graduação em Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana, vinculado ao Departamento de Letras Modernas da Unidade.
Com o objetivo de publicar colaborações inéditas em espanhol ou português – dentro das disciplinas da área: Literatura Espanhola, Literatura Hispano-Americana, Língua Espanhola e Tradução – esta edição apresenta o dossiê: A língua espanhola: estudos descritivos, comparativos e sobre aquisição/aprendizagem.
Confira o n.19 da Caracol neste link.