Ciclo de Atividades: Quem tem medo da Geografia? - CEGE "Filipe Varea Leme"

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E-mail
cege2@usp.br
Docente responsável pelo evento
Eduardo Girotto
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Auditório / Sala / Outro local
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O evento será gratuito ou pago?
Evento gratuito
É necessário fazer inscrição?
Sem inscrição prévia
Haverá emissão de certificado?
Sim
Haverá participação de docente(s) estrangeiro(s)?
Não
Descrição

bit.ly/live-geografia

A Comissão Aberta de Interseccionalidades do Centro de Estudos Geográficos “Filipe Varea Leme” propõe a realização de um ciclo de atividades com intuito de colocar em pauta o debate interseccional na geografia.
Nosso principal objetivo é refletir sobre qual geografia as universidades brasileiras estão produzindo e, principalmente, quem está produzindo essa ciência.
Nos últimos anos estamos percebendo um aumento na diversidade dos ingressantes dos cursos de graduação, sobretudo devido a implantação da Lei de Cotas em 2012. Desde então, o número de estudantes pretes, pardes e indígenes aumentaram, assim como o número de pesquisas sobre o tema. A grande mudança aqui é que pessoas que historicamente foram objetos, agora tem a oportunidade de serem sujeitos de sua própria pesquisa.
Tal mudança traz um debate pouco falado na universidade desde sua fundação: outras epistemologias para a ciência geográfica. O que vemos é um aumento de pesquisas sobre geografias das populações tradicionais, feministas, LGBTQIA+, negras e etc. Entretanto, todas essas geografias - e colocamos no plural, porque de fato existe uma pluralidade de ideias e métodos - são invisibilizadas pela Academia.
Na Geografia da USP (considerada a "melhor" da América Latina), 94% dos/as autores/as são brancos e 83% são homens. Além disso, dos autores não-brasileiros, 68% são da Europa. Isso nos faz retomar a questão: quem produz essa geografia e que geografia é essa?
É possível perceber que uma mudança de perfil vem acontecendo, mas que, na prática, não se realiza na estrutura da universidade que continua perpetuando quase que exclusivamente uma visão branca, machista e eurocentrada. Por que um curso de geografia, cujo principal objeto de estudo é o espaço geográfico, não nos traz perspectivas de geografias de outros territórios?
É por isso que organizamos esse ciclo de atividades: para trazer outras perspectivas de geografias, nos mostrando outras visões de mundo e outros conceitos para corpo, território e cotidiano.
O objetivo final é refletir sobre as razões do apagamento de outras visões de geografia pela Universidade. Afinal, qual risco a produção dessas geografias traz? E quem tem medo dessas geografias? E além disso, pensar: quem tem medo do ensino de geografias?

Estrutura
Os encontros acontecerão todos no Google Meet;
Sempre teremos até três convidades para falar sobre o tema da semana, além de ume mediadore que é da própria Comissão;
O evento é público, mas para que possamos emitir certificados será necessário o preenchimento do formulário ao final do evento

Datas e temas (encontros sempre às 17h)
02 NOV | Quem tem medo das geografias feministas?
10 NOV | Quem tem medo das geografias dos povos tradicionais?
18 NOV | Quem tem medo das geografias negras?
26 NOV | Quem tem medo das geografias LGBTQIAP+?
04 DEZ | Afinal, quem tem medo da geografia? (encerramento)

Para mais informações ver a ementa completa e/ou acessar https://www.instagram.com/cege.usp/ que deverá postar mais informações do evento durante o período de realização .

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