A cor rosa é fortemente associada ao feminino nos dias de hoje. Entretanto, nem sempre foi assim. Há cerca de um século atrás o rosa era associado ao masculino, sendo então compreendida como uma cor forte e decidida, enquanto o azul era relegado às meninas, como uma cor que representava a delicadeza. As cores nos mostram de que forma os regimes de gênero são construídos historicamente, podendo ser gendrificadas. Os estudos sobre a Antiguidade mediterrânica, a partir dos documentos que chegaram até nós, se constituem como importante locus para discutir a historicização dos regimes de gênero. A partir da alteridade, podemos perceber as especificidades das construções de gênero tanto no tocante ao passado distante quanto ao presente. Nesse sentido, os Estudos sobre Gênero e Sexualidade na Antiguidade demonstram alto potencial para discutir as possibilidades de pesquisa e ensino, na medida em que as diferenças e as semelhanças, as continuidades e as rupturas, e outros binarismos históricos e historiográficos, podem ser questionados e colocados em evidência para discutir a constituição de sistemas de opressão e estratégias de resistências ao longo do tempo e do espaço.
Imagem do cartaz: Estátua de Messalina com o filho Britânico no colo, séc. I d.C. - Museu do Louvre
O "Messalinas - Grupo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade na Antiguidade" - tem o prazer de convidar pesquisadores e professores a participarem do "I Congresso Online do Messalinas", que ocorrerá entre os dias 24 e 28 de Outubro de 2022, em formato totalmente digital. Com o tema "Gênero e Sexualidade na Antiguidade: Possibilidades de Pesquisa e Ensino", o congresso terá como objetivo colocar pesquisas em diálogo, intensificando assim o debate a respeito da interface entre pesquisa e ensino a partir dos estudos sobre Gênero e Sexualidade na Antiguidade.
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