Linguística Histórica e Línguas Indígenas

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E-mail
thomas.finbow@usp.br
Docente responsável pelo evento
Thomas Finbow
Local do evento
Edifício Prof. Antonio Candido (Letras) - Av. Prof. Luciano Gualberto, 403 - Cidade Universitária - São Paulo-SP
Auditório / Sala / Outro local
Sala 201, Prédio de Letras
O evento será gratuito ou pago?
Evento gratuito
É necessário fazer inscrição?
Sem inscrição prévia
Haverá emissão de certificado?
Não
Haverá participação de docente(s) estrangeiro(s)?
Não
Descrição

O professor doutor Fernando O. de Carvalho do Museu Nacional (UFRJ/MN) proferirá uma série de quatro palestras sobre os métodos de reconstrução de línguas e a técnicas de identificar parentesco linguístico, com ênfase nas línguas indígenas sul-americanas.

PROGRAMAÇÃO:
2ª, 5 e 3ª, 6/12/2022 – INTRODUÇÃO AO MÉTODO COMPARATIVO
Começaremos com uma introdução básica à aplicação do método histórico-comparativo de reconstrução, com exemplos de línguas indígenas da América do Sul, em especial das famílias linguísticas Quéchua e Arawak. O pano de fundo da discussão será formado tanto dos objetivos específicos da linguística histórica quanto das características metodológicas das ciências históricas como um todo. Os exemplos discutidos ilustrarão os métodos de reconstrução no domínio léxico-fonológico, e oferecerão a base para a discussão de premissas e aspectos modelares do método comparativo que são objeto recorrente de atenção, em especial a regularidade das mudanças sonoras foneticamente condicionadas, que constitui a premissa básica do método.

4ª, 7/12/2022 – A LINGUÍSTICA HISTÓRICA E O CONTATO LINGUÍSTICO
O terceiro encontro aborda um tema que parece ser um alvo constante de confusão na literatura: As relações entre o método comparativo e o estudo do contato linguístico. Abordaremos como os fenômenos de interferência por contato entram na operação do método, ilustrando como o tema sempre foi parte central das aplicações e conceitualizações do método. Ilustraremos como o a reconstrução tem papel central na detecção de eventos de contato, além de ilustrar como uma aplicação rigorosa do método comparativo leva à fundamentação rigorosa e explicita de hipóteses de contato, não são no domínio lexical como também no estudo da interferência fonológica. Longe de ser refratário ao estudo dos fenômenos de contato, o método histórico comparativo apresenta-se como uma das ferramentas essenciais para a investigação desse tema.

6ª, 9/12/2022 – CLASSIFICAÇÃO INTERNA E CLASSIFICAÇÃO EXTERNA
Abordaremos algumas das premissas e das implicações mais importantes da aplicação do método comparativo. O primeiro tema é o da classificação externa, isto é, da proposta e validação de hipóteses de vínculos de ancestralidade comum entre as línguas. Serão introduzidas algumas controvérsias, como por exemplo acerca do tipo de evidência necessária (e/ou suficiente) para o reconhecimento de parentesco, a prática da comunidade linguística na avaliação destas hipóteses e o papel do método histórico comparativo nessa tarefa. O segundo tema diz respeito ao problema da classificação interna, isto é, o de se reconhecer graus de parentesco entre línguas relacionadas e da sua interpretação diacrônica em termos da diferenciação ou diversificação de uma língua ancestral.

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