Antropologia com deficiência
Esta comunicação é um convite para que se coloque “deficiência na cabeça” ao se fazer antropologia. Pensar com deficiência retorce provocativa e severamente nossos repertórios imaginativos, nossas suposições sobre o que pode e o que não pode um corpo, nossas compreensões sobre o que é ser sujeito, nossas linguagens sobre igualdade, diferença e hierarquia, nossos horizontes de desejo, nossos horizontes políticos, nossas compreensões de moralidade, nossas compreensões do que é bom, do que é íntegro, do que é completo, do que é humano, do que é compartilhado ou universal. Na comunicação, abordaremos essas questões por meio de um percurso por trabalhos e contribuições críticas dos estudos com deficiência na antropologia, com foco na produção brasileira e nas recentes transformações no universo do Ensino Superior.
Pedro Lopes @pedrrolopes é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, pesquisador do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU), do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS), do Grupo de Estudos em Deficiência, Sociedade e Cultura (GEDESC/Unipampa) e do Projeto Caleidoscópio das Ações Afirmativas (UFABC/CNPq). Tem trabalhos principalmente nos seguintes temas: antropologia, educação, marcadores sociais da diferença, deficiência, deficiência intelectual, gênero, sexualidade, raça, acessibilidade, Ensino Superior, ações afirmativas, Brasil e África do Sul.
Leituras indicadas:
LOPES, Pedro. (2022). Deficiência na cabeça: convite para um debate com diferença. Horizontes Antropológicos, 28(64), 297–330. https://doi.org/10.1590/S0104-71832022000300011
MELLO, Anahí Guedes de; AYDOS, Valéria; SCHUCH, Patrice. (2022). Aleijar as antropologias a partir das mediações da deficiência. Horizontes Antropológicos, 28(64), 7–29. https://doi.org/10.1590/S0104-71832022000300001
