No dia 9 de setembro, terá início o curso Formação Histórica e Social, promovido pelo Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. A disciplina é oferecida ao público interno e externo à USP no formato presencial e virtual todas as terças e quintas-feiras, às 19 horas.
A proposta é oferecer conhecimento básico sobre assuntos históricos de interesse social na atualidade, como os conflitos no Oriente Médio e as questões agrárias do Brasil. Segundo Osvaldo Coggiola, professor do Departamento de História da FFLCH e coordenador da disciplina, o curso será ministrado por docentes aposentados e ativos da FFLCH, docentes de outras instituições acadêmicas e pós-graduandos.
De acordo com o historiador, o curso propõe expandir informação para setores diversos da sociedade, especialmente para participantes de movimentos sociais. Ele afirma que, muitas vezes, essas pessoas enfrentam dificuldades para ter acesso a estudos diferentes de suas áreas de atuação. “Uma liderança indígena inscrita no curso me relatou que muitas pessoas acreditam que a única coisa que eles (indígenas) possuem é uma cultura indígena, como a demarcação das terras ou o marco temporal. E ele me explicou que não, as lideranças indígenas do Pará querem saber o que foi a Revolução Russa, querem saber o que foi a Revolução Chinesa”, destaca Coggiola.
As aulas terão duração aproximada de duas horas, com um primeiro momento de exposição do assunto por um especialista e, em sequência, um período aberto para debate. Além disso, não há pré-requisito para a realização da disciplina, sendo definida como um curso de extensão que oferecerá certificado de participação para quem se inscrever no formulário.
O professor finaliza ressaltando a importância de cursos como esses promovidos pela Universidade para a sociedade, pois uma instituição acadêmica é sustentada pelo ensino, pesquisa e extensão. Assim, possui a necessidade de devolver o investimento para a comunidade geral. “Se a Universidade não tem atividades dirigidas ao público, ela passa a ficar em uma espécie de torre de marfim, certo? Portanto, para a USP fazer jus à sua denominação, tem que cobrir todos os tripés da universidade e a FFLCH, como maior unidade da ciências humanas, tem um papel decisivo nisso”, conclui.
