FFLCH inaugura exposição sobre Grupo de Capoeira Angola Guerreiros de Senzala

O evento faz parte da série Presença e Memória Negra na FFLCH: Para Além de Novembro, iniciativa que marca o Dia da Consciência Negra
Por
Gabriela César
Data de Publicação
Editoria
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Imagem: Isadora Batista / Serviço de Comunicação Social da FFLCH

No dia 29 de outubro, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP inaugurou a exposição O Núcleo de Artes Afro-brasileiras (NECAAB): na rota do conhecimento ancestral, com o acervo do NEECAB sobre o Grupo de Capoeira Angola Guerreiros de Senzala na USP. A exposição faz parte de uma série de eventos para marcar o Dia da Consciência Negra, intitulado Presença e Memória Negra na FFLCH: Para Além de Novembro.

Sob a atual liderança do Mestre Pinguim (Luiz Antonio Nascimento Cardoso), o Grupo atua há quase três décadas em ações artístico culturais na USP seguindo os princípios do Mestre Gato Preto. De acordo com o NECAAB, o Núcleo se reúne “para estudo, pesquisa e prática de capoeira angola e demais manifestações culturais afro-brasileiras, como o maculelê, a dança afro, a percussão, a puxada de rede e o samba de roda".

Agora, na exposição, apresenta fotografias, figurinos, instrumentos, publicações e outros artefatos que revelam sua trajetória de resistência, saberes e culturas. A exposição está aberta ao público no primeiro andar do Prédio de Filosofia e Ciências Sociais da FFLCH.

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Imagem: Isadora Batista / Serviço de Comunicação Social da FFLCH

Exposição

Durante o evento de abertura, Mestre Pinguim apresentou a exposição aos visitantes. Ele iniciou sua fala destacando o papel das mulheres na história do Grupo e do país, especialmente por terem sido, segundo o Mestre, “as primeiras empreendedoras do Brasil”.

O líder do Grupo também questionou o público sobre qual o papel da Universidade e da ancestralidade negra. “A intenção é despertar em você o que já está em você. É despertar a memória”, afirmou. O Mestre Pinguim também ressaltou a importância da diversidade e destacou que “cada pessoa possui sua própria natureza”.

Ao final do evento, o Grupo se reuniu para tocar instrumentos de percussão afro e para cantar músicas. Além disso, o público foi chamado a participar dos cantos e se organizaram em uma fila para dançar pela exposição, já que Núcleo tem como princípio a prática corporal e a mobilização dos variados sentidos do corpo, com destaque às formas orais que caracterizam manifestações africanas e afro-brasileiras.
 

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Imagem: Isadora Batista / Serviço de Comunicação Social da FFLCH