Curso de gestão de conflitos têm matrículas prorrogadas

O objetivo é fornecer subsídios teóricos e sobretudo práticos àqueles que se interessam pela temática das práticas consensuais de gestão de conflitos, especialmente a mediação e a justiça restaurativa

Por
Eliete Viana
Data de Publicação

 

 


Ainda há vagas para o curso de extensão Práticas consensuais de gestão de conflitos, oferecido pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. As matrículas estão abertas até o dia 8 de outubro, ou até acabarem as vagas.

O curso será ministrado em seis segundas-feiras, até o dia 5 de novembro, das 19h às 22h, com carga horária de 18 horas, nas instalações do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA), na Rua do Anfiteatro, 181 (Colméias, favo 10) – Cidade Universitária, São Paulo.

A primeira aula foi realizada no dia 1º de outubro, mas ainda dá para participar. Pois, o primeiro dia foi reservado para apresentação do conteúdo que será abordado, das expectativas que os participantes têm e para a introdução sobre teoria do conflito.

Em um contexto no qual crises políticas e econômicas trazem novos debates e desafios, este curso tem como objetivo fornecer subsídios teóricos e sobretudo práticos àqueles que se interessam pela temática das práticas consensuais de gestão de conflitos. Em especial a mediação e a justiça restaurativa, tanto de um ponto de vista analítico e crítico, quanto da aplicação dessas técnicas em contextos variados. Clique aqui para conferir a ementa e a bibliografia do curso.

A atividade é promovida pelo Departamento de Antropologia, a pedido da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) da Faculdade. Esta é a segunda edição de um curso com a temática da mediação de conflitos. Em 2017, foi realizado com o título Métodos consensuais de administração de conflitos: introdução à mediação e à justiça restaurativa, com carga horária de 30 horas.

Na edição deste ano, a proposta é apresentar mais práticas e vivências, aliando às técnicas de mediação para os participantes se prepararem e agirem melhor nas situações cotidianas de conflitos, visto que divergências e discussões são naturais na vida das pessoas e na sociedade.

Potencial transformador

Com o intuito de adquirir conhecimentos sobre mediação de conflitos, o agente de vigilância Bruno Politano Beraldo de Almeida, da Guarda Universitária da USP em São Carlos, participou da primeira edição com mais quatro colegas de trabalho. “Foi um aprendizado muito grande e produtivo. Eu gostei muito da estrutura do curso, que trouxe uma reflexão sobre o conflito em si e as possíveis maneiras de olhar a respeito. Durante as aulas, a gente era convidado a todo momento a participar, em um processo bem colaborativo”.

Segundo Almeida, a participação nas aulas acabou estimulando ele e mais um outro colega a se aprofundar na questão, e estão fazendo um outro curso no momento. O agente de vigilância e os outros participantes do curso da FFLCH foram convidados pela chefia da Guarda a mediar algumas situações ocorridas no seu ambiente de trabalho, através de uma conversa participativa, pois “a prática consensual da resolução de conflitos tem um potencial transformador das relações dentro da universidade e da sociedade”, destaca Almeida, funcionário da Universidade há 5 anos.

Paralelamente também, iniciaram um grupo de trabalho e, neste ano, concluíram uma proposta de criação do Núcleo de Gestão Consensual de Conflitos, que está sendo analisada pela USP. Com a implantação do núcleo, o Campus da USP em São Carlos terá um espaço para trabalhar os conflitos de uma maneira consensual, para que as divergências entre os funcionários, por exemplo, sejam vistas não só como problemas, no qual as pessoas em conflito são afastadas uma da outra e/ou transferidas.

A coordenadora do curso e professora do Departamento de Antropologia, Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, ressalta que as pessoas precisam superar certas tensões para melhorar a convivência seja no trabalho ou na família, para isso “o diálogo e a escuta devem fazer parte da convivência”, que são práticas trabalhadas durante o curso, afirma Ana Lúcia.

Nas aulas, a docente conta com o auxílio dos ministrantes: Guilherme Bampa Taiar, Juliana Tonche e Tatiana Santos Perrone. Todos são pesquisadores do Núcleo de Antropologia do Direito (Nadir) da Faculdade, coordenado por Ana Lúcia, com atuação e/ou pesquisa em mediação de conflitos e justiça restaurativa.

O investimento para o curso varia de acordo com a categoria. O valor para os interessados em geral é R$ 150,00; para os graduandos e pós-graduandos da FFLCH é R$ 135,00; e para os professores ativos da rede pública, maiores de 60 anos, monitores e estagiários da Faculdade R$ 75,00. O pagamento será à vista, mediante boleto bancário impresso no ato da matrícula. Os docentes e funcionários da FFLCH têm isenção.

As matrículas devem ser feitas pessoalmente – com RG, CPF ou carteirinha USP e comprovante da categoria a que pertence – até 8 de outubro, ou até acabarem as vagas, das 9h às 16h45, no prédio da Diretoria e Administração da FFLCH, localizado na Rua do lago, 717, no Serviço de Cultura e Extensão Universitária, sala 126 – Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações pelo telefone: (11) 3091-4645 ou e-mail: agenda@usp.br.