A escolha do nome foi para homenagear o professor Francis Henrik Aubert, que pesquisava temas relacionados à tradução, fundou o CITRAT e também foi vice-diretor e diretor da FFLCH
Matéria atualizada em 17/08/2018, às 20h11
No dia 14, o Programa de Tradução (TradUSP) e o Centro Interdepartamental de Tradução e Terminologia (CITRAT) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP inauguraram o Laboratório de Tradução Prof. Francis Henrik Aubert.
A nomeação deste Laboratório é uma homenagem ao docente pelo fato de sua carreira acadêmica ser dedicada à tradução, sendo suas áreas de pesquisas sobre os temas: tradutologia, práticas profissionais da tradução, terminologia e linguística contrastiva; além de ter feito o projeto para criá-lo.
O professor aposentado do Departamento de Letras Modernas também foi o fundador do CITRAT, em 1992, e vice-diretor e diretor da FFLCH, respectivamente de 1994 a 1998 e de 1998 a 2002.
Abertura
A abertura da cerimônia e as homenagens ao professor Francis foram realizadas na sala 266, no Edifício Prof. Antonio Candido.
Na ocasião, a diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda, ressaltou a importância do homenageado não só para sua área de atuação, mas também para toda a Unidade. “O professor Francis é uma pessoa que a Faculdade sempre reconheceu [sua relevância] como docente e diretor, que ficou marcado na história, e é muito bom ele ser homenageado, lembrado, pois este é um momento em que a Faculdade se reconhece também”.
A chefe do Departamento de Letras Modernas (DLM), Lenita Maria Rimoli Esteves, ao qual o Laboratório será vinculado, disse que o professor Francis sempre será referência para a área de tradução.
“Reconhecemos todo o trabalho do professor Francis dando visibilidade, criando espaço para que a tradução seja ativa como é hoje. Por isso, andar pelos corredores e ver seu nome na porta do nosso Laboratório será sempre uma alegria”, ressaltou o vice-diretor do CITRAT, Álvaro Silveira Faleiros.
Homenagens
Professores do DLM da área de tradução falaram um pouco mais sobre a trajetória de Francis. João Azenha Junior destacou que a amizade entre eles completa 41 anos em 2018 e que o maior tributo que pode prestar ao homenageado é a sua carreira. “A trajetória do professor Francis se confunde com a história da tradução na Faculdade. Por causa dele, a tradução juramentada foi reconhecida como uma função social, por exemplo”, lembrou Azenha.
John Milton disse que a história da maioria dos professores presentes está relacionada à trajetória de Francis e contou um pouco sobre os estudos de pós-graduação na área de tradução dentro da FFLCH. A coordenadora do Laboratório de Tradução, Heloísa Pezza Cintrão, fez questão de salientar as contribuições do docente na área, como o projeto de inserção da Tradução na graduação e dos Estudos da Tradução na pós-graduação, o que resultou na contratação de novos docentes para atuar na área, até a iniciativa do projeto de criação do Laboratório, o qual está sendo inaugurado oficialmente hoje.
Em sua fala, o professor Francis disse que só conseguiu realizar muitas iniciativas na área porque contou com a colaboração de muita gente. “Que bom que foi, que é e que será fazer todas as coisas com todos vocês”.
Laboratório de Tradução
Em seguida, foi feito o descerramento da placa que nomeia o Laboratório, que funcionará na sala 168, no Edifício Prof. Antonio Candido, vinculado ao DLM e atuando em apoio às atividades do CITRAT e das pesquisas da área de tradução em geral. O local possui 30 computadores para uso dos pesquisadores da área.
“No trabalho do tradutor de hoje é fundamental o suporte tecnológico, a começar pelo imprescindível editor de texto, passando pelos diversos softwares de memória de tradução, que auxiliam e dinamizam o trabalho, principalmente quando se trata de tradução técnica. A etapa de pesquisa no ato tradutório, que antes do advento da internet era limitada às bibliotecas e ao acervo pessoal do tradutor, hoje é ilimitado através das pesquisas em sites e diversos outros recursos disponíveis em rede”, explica a professora Ângela Maria Tenório Zucchi, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução – que passará a integrar, junto com mais três programas, o Programa de Letras Estrangeiras e Tradução (LETRA).
Segundo Ângela, este Laboratório é o lugar onde os professores podem levar os alunos à prática assistida e desenvolver e usufruir pesquisas em andamento, como as do projeto COMET, que é interdisciplinar e reúne ferramentas computacionais relativas a corpora linguísticos; e , além disso, é o espaço para ministrar cursos com professores especializados em ferramentas de tradução utilizadas no mundo todo.
Jornada
Após a inauguração oficial, foi realizada a Jornada TradUSP-CITRAT. A primeira apresentação foi sobre o tema Tradução e Corpora na USP, ministrada pela professora do DLM, Stella E. O. Tagnin. Depois, cerca de 10 alunos e egressos da área de Estudos em Tradução exibirem os trabalhos desenvolvidos por eles.