Cerimônia marca inauguração de quadros dos dois últimos diretores da FFLCH

Os ex-dirigentes foram retratados pelo ex-aluno da Faculdade e consagrado fotógrafo Bob Wolfenson e vão compor a Galeria de Diretores no Salão Nobre da Unidade

Por
Eliete Viana
Data de Publicação



Matéria atualizada em 28/09/2018, às 18h30

 

Sérgio Adorno e Sandra Nitrini
Os professores Sérgio Adorno e Sandra Nitrini com seus quadros ao fundo, que passaram a compor a galeria dos diretores no Salão Nobre da Faculdade - Foto: Fábio Nakamura / STI-FFLCH 


No dia 25 de setembro, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP inaugurou os quadros dos seus dois últimos dirigentes na galeria dos diretores no Salão Nobre da Unidade: Sandra Nitrini e Sérgio Adorno, que exerceram os seus mandatos, respectivamente, de 2008 a 2012 e de 2012 a 2016.

Os ex-diretores foram retratados pelo ex-aluno da Faculdade e consagrado fotógrafo Bob Wolfenson, que cursou Ciências Sociais, mas não chegou a se graduar.

A atual diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda, abriu a cerimônia agradecendo aos diretores que a antecederam, elogiando a dedicação deles à Faculdade, e falando da importância de aliar a tradição e a modernidade. Maria Arminda ressaltou o fato de Sandra ter sido a primeira mulher a dirigir a FFLCH, “que tem o porte de uma universidade e não é simples, é um desafio”; e também as diversas parcerias que fez com Adorno, seu colega do Departamento de Sociologia.

“Esses ritos institucionais são importantes porque, ao mesmo tempo, é uma preservação da memória e também uma inovação. É uma celebração, um agradecimento [aos ex-diretores] e uma afirmação da nossa casa, dos nossos valores e princípios”, destacou.

Para exemplificar, a dirigente aproveitou para fazer uma comparação com os esforços feitos para reformar o prédio da Diretora e Administração, no qual o trabalho é para manter “o nosso legado” e também modernizá-lo e adequá-lo aos novos tempos.

A diretora lembrou ainda que, com a inauguração dos novos quadros, está se rompendo a tradição de pinturas a óleo para a adesão da fotografia, que representa também “uma nova linguagem para os novos tempos”, afirmou.

Primeira diretora

“É um grande prazer compartilhar com Sérgio Adorno essa cerimônia”, disse Sandra. A ex-diretora agradeceu à Maria Arminda pela inciativa de fazer estes novos quadros, lembrando que já tinha inaugurado um quadro seu na galeria, em novembro de 2015. Porém, o tamanho era menor que os outros quadros, “o que destoava e não valorizava a memória da primeira diretora da Faculdade”.

Sandra recordou que neste ano ela está completando 50 anos de graduação no curso de Letras, o qual foi realizado no prédio da Rua Maria Antonia. “50 anos depois de formada tenho a felicidade de estar na galeria dos diretores, tendo sido a primeira diretora”, disse.
 

(Da esq. p/dir) O vice-diretor João Roberto Gomes de Faria, Sérgio Adorno; Sandra Nitrini e a atual diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda
(Da esq. p/dir) O vice-diretor João Roberto Gomes de Faria, Sérgio Adorno; Sandra Nitrini e a atual diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda - Foto: Johin Feng Suen / STI-FFLCH 


Dificuldades e emoção

Adorno agradeceu Sandra, sua antecessora, “porque recebi dela uma faculdade estruturada” e o vice-diretor João Roberto Gomes de Faria, com o qual “compartilhei a gestão”. 

“É um momento de emoção, no qual estou lembrando dificuldades, mas também alegrias”, confessou Adorno. Ele disse que, apesar das atribulações passadas durante seu mandato, a Faculdade também apresentou muitas qualidades, “como avanços nos rankings, ampliação dos intercâmbios, que vinham tendo mais incentivo desde a gestão da professora Sandra. [Por tudo isso], eu não me arrependo. Valeu a pena”, finalizou.

Em sua fala, o vice-diretor citado ressaltou o empenho dos ex-diretores e da atual gestão como dirigentes da Faculdade.

“Fui chefe do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (DLCV) quando Sandra era diretora e acompanhei sua serenidade para resolver os problemas, além da sua dedicação. Com o professor Sérgio pude ver mais de perto e compartilhar a luta pelos valores da Faculdade e das Ciências Humanas. Em relação à professora Maria Arminda, fui um dos primeiros apoiadores [quando ela se candidatou ao cargo de diretora], porque ela é apaixonada por essa Faculdade e Universidade, às quais ela dedicou e dedica muito tempo”, frisou Faria. 

Após as falas, foram apresentadas algumas imagens captadas pelo fotógrafo que retratou os ex-diretores, que fazem parte da exposição Bob Wolfenson: retratos. A mostra está em cartaz até o dia 9 de dezembro, de terça-feira a sábado, das 10h às 19h, e aos domingos e feriados, das 10h às 17h, no Espaço Cultural Porto Seguro, na Alameda Barão de Piracicaba, 610 – Campos Elísios, São Paulo.

Em seguida, os quadros foram descerrados. A cerimônia contou com a presença de professores, funcionários e familiares dos ex-diretores, além de dirigentes da Universidade, como os chefes dos Departamentos de Ciência Política e de Letras Modernas da FFLCH, respectivamente, Álvaro de Vita e Lenita Esteves; e dos diretores da ECA e da FMVZ, respectivamente, Eduardo Henrique Soares Monteiro e José Antonio Visintin.