FFLCH homenageou Stuart Schwartz, um dos maiores pesquisadores sobre a história da América Latina

Na oportunidade, diversos pesquisadores destacaram as contribuições de Stuart para os estudos sobre a América Latina Colonial

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Lívia Lemos
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Editoria

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Imagem: Lívia Lemos/Comunicação Social da FFLCH

Na segunda-feira, 13 de maio, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realizou o evento Tributo a Stuart Schwartz: intérprete dos impérios ibéricos e das sociedades escravistas coloniais. O encontro, realizado no auditório Nicolau Sevcenko, teve como principal objetivo homenagear o professor norte-americano Stuart Schwartz, um dos maiores pesquisadores sobre a história da América Latina. 

Professor Titular de História da Universidade de Yale, Estados Unidos, Stuart se considera brasilianista. Suas pesquisas sobre a história do Brasil começaram na década de 1960, quando estudou, em seu mestrado, sobre o período colonial brasileiro. Em sua tese de doutorado, se aprofundou sobre a escravatura, principalmente dos povos indígenas e africanos, abordando as questões econômicas.

O evento contou com a presença de pesquisadores de diversas universidades, que destacaram os principais pontos da trajetória de Schwartz. O professor Pedro Cardim, da Universidade de Lisboa, pontuou o engajamento de Stuart na renovação dos estudos da América Latina Colonial, principalmente suas pesquisas sobre a sociedade escravista: “Stuart se esforçou para entender o processo de escravatura, sobretudo como a escravidão de homens e mulheres africanos e afrodescentes se tornou a instituição frulcal da sociedade colonial do Brasil.”

Já o professor Luís Filipe Silvério Lima, da Universidade Federal de São Paulo, destacou a insistência de Stuart em questionar o estudo da história brasileira como separada da América Latina: “Stuart defendia que a história do Brasil e da América Latina trata de história paralelas, mas que se conectam e se cruzam e que não deveriam ser estudadas de formas separadas”.

Não só como pesquisador da América Latina Colonial, Stuart teve um papel fundamental na luta contra o racismo, participando ativamente em debates e movimentos sobre os direitos civis de afrodescendentes nos Estados Unidos e no Brasil.

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Fotos: Lívia Lemos/Comunicação Social da FFLCH