Com participação de equipe da PRIP, evento mostrou o Dashboard de Desempenho Acadêmico, com dados do PAPFE; e apresentação do Sistema USP de Acolhimento, que estabelece o caminho para acolhimento de vítimas de violência
Dia 27 de junho, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP recebeu a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) para apresentação do novo Sistema USP de Acolhimento (SUA) e os resultados dos primeiros três anos do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE) pela plataforma Dashboard de Desempenho Acadêmico.
Participaram do evento as professoras Ana Lucia Duarte Lanna, pró-reitora de inclusão e pertencimento da USP; Silvana de Souza Nascimento, vice-diretora da FFLCH; Ester Gammardella Rizzi, assessora da PRIP; Heloísa Buarque de Almeida, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) da FFLCH; e o professor Felipe de Souza Tarabola, assessor da PRIP.
A professora Ana Lanna parabenizou a diretoria da FFLCH pela consolidação da nossa CIP, e ressaltou a importância das CIPs atuando plenamente para o funcionamento dos projetos e ações da PRIP, assim como parceria com a Rede Não Cala, para o avanço de ações de acolhimento na USP. Silvana Nascimento também refletiu sobre o combate da violência pelos programas da PRIP, principalmente em uma unidade grande como a FFLCH.
Dashboard de Desempenho Acadêmico
O professor Felipe Tarabola discorreu sobre a história das práticas de acolhimento e assistência social estudantil desde a fundação da USP, em 1934, e o trabalho de análise dessas práticas para avaliar e aperfeiçoar o PAPFE como o maior programa da USP atualmente.
Com a criação da PRIP, em 2022, iniciou-se um trabalho de revisão histórica e de levantamento de dados de tudo que a Universidade oferecia. Um primeiro movimento foi a unificação de diversos auxílios e bolsas que eram oferecidos a estudantes, assim como uma reorganização da distribuição financeira deles.
O professor explica que, pela ferramenta Dashboard, a PRIP passou a rastrear dados de frequência e desempenho acadêmico de todos os estudantes de graduação da USP e a cruzar esses dados para comparar com estudantes que recebem auxílio permanência da Universidade. A ideia era avaliar a efetividade das políticas afirmativas da PRIP.
Por exemplo, os resultados mostraram que os estudantes ingressantes por ações afirmativas tinham desempenho abaixo dos demais no início do curso, mas que este desempenho rapidamente se igualava e se invertia, passando a ser melhor que os ingressantes por ampla concorrência nos semestres finais da graduação.
Sistema USP de Acolhimento
A professora Ester Rizzi apresentou o Sistema USP de Acolhimento (SUA) com o auxílio da professora Heloísa Buarque, que é uma referência de atuação nas políticas de inclusão na FFLCH e na USP.
A sigla resume uma denominação mais abrangente no acolhimento e combate a violações de direitos humanos na USP: Sistema USP de Acolhimento, Registro e Responsabilização para Situações de Assédio, Violência, Discriminações e Outras Violações de Direitos Humanos ocorridas na Universidade de São Paulo
Ester explica que o SUA nasceu de um diagnóstico inicial de necessidade da USP melhorar a estrutura de suas ações no combate a violências e a defesa dos direitos humanos.
O SUA funciona com um conceito de "múltiplas portas", no qual uma pessoa de confiança no âmbito da Universidade pode acolher e realizar a primeira escuta da vítima de violência e situações de assédio. Essa escuta é seguida do conceito de "transformação do relato em denúncia", que pode ou não ocorrer de acordo com o desejo da vítima. A docente apresentou também os demais passos e orientações para o andamento dos casos dentro do SUA.
De acordo com Ester, a ideia também é preparar a comunidade para uma mudança de cultura para melhorar a prevenção em casos de violações de direitos humanos na USP.
Os detalhes do evento podem ser consultados no vídeo completo, no canal da FFLCH no YouTube: